Energia Solar

Fazendas Solares: Gigantes que Alimentam Cidades

O papel dos grandes parques fotovoltaicos no mix energético nacional.

As usinas solares de grande porte — conhecidas como fazendas solares — têm ganhado destaque em leilões de energia realizados pelo governo federal. Essas plantas, que se espalham por centenas de hectares, podem gerar centenas de megawatts, abastecendo cidades inteiras com fonte limpa e de baixo custo operacional. Em 2024, o leilão A-6 trouxe ofertas com preço médio de R$ 125/MWh, abaixo da média de usinas térmicas a gás.

Localizadas principalmente no Nordeste e no Centro-Oeste, onde a insolação é mais intensa e as terras são menos disputadas pela agronegócio, essas fazendas requerem linhas de transmissão robustas para levar a energia até os centros de carga. O Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica (PDE 2033) estima que, até 2033, o país supere 40 GW de parques fotovoltaicos, exigindo modernização e expansão das redes de transmissão e distribuição.

Os impactos socioeconômicos vão além do kilowatt entregue: geração de empregos locais na construção e manutenção, arranjos produtivos locais para fabricação de estruturas de montagem e atração de investimentos. Com queda contínua no preço dos módulos e avanços em trackers (seguidores solares), o custo nivelado de energia (LCOE) para novas usinas tende a cair ainda mais, consolidando o solar como protagonista na transição energética brasileira.