Como a luz do sol está moldando o futuro energético brasileiro.
Nos últimos dez anos, o Brasil emergiu como um dos maiores polos de energia solar na América Latina. Com irradiação média que supera 4,5 kWh/m² por dia em várias regiões, o país reúne condições ideais para instalações fotovoltaicas residenciais, comerciais e em larga escala. Entre 2012 e 2022, a capacidade instalada saltou de pouco mais de 100 MW para cerca de 25 GW – um crescimento exponencial sustentado por políticas de incentivo, leilões públicos e financiamento facilitado pelo BNDES.
Nas áreas rurais, a geração distribuída tem transformado pequenos agricultores em “prosumidores”, reduzindo custos de irrigação e armazenamento frio. Já nos grandes centros, shoppings, indústrias e prédios corporativos adotam painéis solares para mitigar riscos de apagões e elevar sua pegada ESG. O retorno do investimento (payback) em sistemas residenciais pode variar entre 4 e 7 anos, dependendo da região e do perfil de consumo.
Ainda há desafios: a infraestrutura de transmissão em regiões remotas, a burocracia para licenciamento e a variação de tarifas de importação de equipamentos. Em contrapartida, o boom de fabricantes nacionais de módulos e inversores tende a reduzir custos e gerar empregos. No horizonte, a expectativa é que, até 2030, o Brasil ultrapasse 50 GW de solar fotovoltaica, consolidando-se como referência global em energias renováveis.
